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BIOGRAFIA
Mónica Heller
Mónica Heller (Buenos Aires, 1975) trabalha com animação, pintura e vídeo. Ao longo da sua carreira criou animações 2D e 3D, utilizando tanto estratégias de produção amateur como modelos CGI retirados de bibliotecas de código aberto e gratuitas. A natureza autodidacta da sua abordagem à tecnologia digital e a dedicação artesanal que coloca em cada uma das suas peças lançaram as bases para uma ética de trabalho de DIY que caracteriza e distingue tanto a sua produção variada como o lugar que ocupa dentro da cena artística argentina. As suas obras têm sido exibidas individual e coletivamente em todo o mundo. Entre os vários prémios que recebeu nos últimos anos, destacam-se: o Primeiro Prêmio do Prêmio Andreani (2017), o Prêmio Estímulo do 72º Salón Nacional Castagnino + Macro Museum (2017) e o Terceiro Prêmio do Prêmio Fortabat (2021). Representou a Argentina na 59ª Exposição Internacional de Arte de La Biennale di Venezia, em 2022.   Participou do Pivô Satélite 2023
Mónica Heller
Sra. Gaivota

Sra. Gaivota

Desde seus primeiros vídeos em 2006, Monica Heller usa a animação como elemento para criar cenários fantásticos em que, por meio do humor, do absurdo e da repetição, os personagens que habitam esses mundos, animais humanizados e humanoides cartunescos, abordam questões da vida contemporânea.

Os vídeos Il piccione parlante (o pombo falante) , apresentado no Pavilhão argentino da Bienal de Veneza de 2022 e Sra. Gaivota, comissionado pela Pivô Satélite #6 em 2023, fazem parte de uma série de pássaros falantes que se adaptaram à vida urbana. Um pombo em Veneza e uma gaivota em São Paulo, animais conhecidos por todes, que habitam a maioria das cidades, subsistem consumindo dejetos humanos e são altamente adaptáveis a diferentes contingências.

Em Sra. Gaivota, a artista nos introduz em um mundo em transição, onde uma gaivota com olhos proeminentes e um bico de grande plasticidade, que parece ter adquirido uma certa sabedoria em suas viagens, nos interpela falando sobre comida, guerra, maridos, liberdade, caixas eletrônicos, confiança, férias… Gaivota transcende fronteiras com facilidade, pois seu passaporte não é verificado e não tem foto de perfil.

– Violeta Mansilla

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